No meu post anterior, abordei o facto de muitas indústrias enfrentarem disrupções inesperadas e mudanças súbitas de comportamento por parte dos consumidores, e como isso conduz a um momento crítico para os negócios, que têm de repensar como podem suportar uma força de trabalho distribuída e global e fazer ajustes para um novo mundo pós COVID-19. No primeiro post, examinei como as indústrias da saúde e os locais de trabalho estão a adaptar-se ao “novo normal”. Neste blog, refiro-me às mudanças que estão a acontecer para acomodarem as necessidades dos setores da produção e retalho.
Retalho: Aumentar as vendas digitais e interações
Mesmo antes da pandemia, a indústria do retalho estava em transformação. Um aumento nas compras online, aliadas às expetativas de personalização de experiências e ofertas para os consumidores, estavam a levar os retalhistas a uma maior capacidade de integração, com o intuito de oferecerem uma experiência de compra mais consistente e completa, tanto online como offline.
A pandemia global está ainda a moldar a forma como os retalhistas comunicam com os consumidores. Um dos aspetos que mudou mais foi a forma como o setor apostou mais no digital. Baseado em dados recolhidos pela Nielsen, 37% dos habitantes de Singapura aumentaram as suas compras online desde o início da pandemia e 76% disseram ainda que não iriam voltar às suas rotinas de compras online pré pandemia[1].
O aumento do tráfego tem de ser gerido corretamente, para ser transferido e processado eficientemente, de modo a que os retalhistas possam assegurar uma experiência sem atritos para o consumidor. Este aspeto aumenta, em muito, os pedidos de interconexão, forma direta e privada de trocar de tráfego entre parceiros de negócios. Ao manterem os seus dados próximos dos parceiros e fornecedores, os retalhistas podem aumentar a velocidade de transferência e rapidamente escalar o seu negócio durante períodos em que se registam muitas transações digitais.
De acordo com o terceiro relatório anual Global Interconnection Index (GXI), a largura de banda de interconexão no setor de revenda/retalho na Ásia-Pacífico deverá crescer 63% CAGR até 2022.
Interconnection Powers Tomorrow’s Enterprises
Get digital ready with insights from the Global Interconnection Index (GXI) Volume 3 measuring the growth of the digital economy.
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A troca direta e privada de dados pode não só ajudar nas transações digitais, como transformar a experiência dos consumidores. A Sennheiser, um cliente Equinix e um especialista em soluções de comunicação, é um claro exemplo desta estratégia.
A Sennheiser continua a providenciar, aos seus clientes e parceiros, conhecimento relevante para a indústria, apesar das suas operações remotas.
“Como marca dedicada a tornar a comunicação com os clientes o mais simples possível, lançámos a campanha “Work From Home”, através da qual realizamos uma série de webinars que exploram vários tópicos, assim como conversas abertas com engenheiros de som”, explica Alex Lim, Responsável de Marketing da Sennheiser Ásia.
Esta série online oferece, também, experiências musicais “ao vivo”, através das quais a Sennheiser colabora com vários DJs e artistas no seu Instagram, para ajudar os consumidores a passar melhor o tempo em casa. Esta campanha visa construir uma comunidade, oferecer promoções para os que trabalham a partir de casa e também partilhar dicas de como trabalhar de forma eficiente em casa, com os produtos da empresa.
A Sennheiser já estava a tirar proveito da interconexão global da Platform Equinix no seu trabalho na Ásia-Pacífico, por isso, quando foi necessário divulgar a campanha Work From Home, a empresa já sabia com quem falar. Com a Platform Equinix®, a Sennheiser consegue conectar-se de forma privada a clouds, redes e serviços no digital Edge. Para além disso, tem acesso a um ecossistema rico em fornecedores de serviços, dentro do Equinix International Business Exchange™ (IBX®), para assegurar que os seus webinars chegam de forma perfeita ao consumidor. Com um up-time de 24/7 e conetividade de rede sem interrupções, a Sennheiser pode ficar descansada com a sua performance de rede e assim focar as suas atenções na inovação e em fornecer a melhor experiência de utilização aos seus milhares de clientes na Ásia-Pacífico.
Produção; Construir um ecossistema industrial virado para a colaboração
A COVID-19 trouxe novos desafios para o setor da produção. De acordo com a ResearchAndMarkets.com, pós COVID-19, o mercado global de fabrico inteligente deverá valer 181,3 mil milhões de dólares em 2020 e 220,4 mil milhões em 2025, crescendo a uma taxa CAGR de 4%, embora a estimativa para 2020 tenha caído aproximadamente 16 %, quando comparada com as avaliações pré-COVID-19[2].
As disrupções na cadeia de fornecimento e as limitações no movimento das pessoas tornaram-se pontos fulcrais a serem ultrapassados pela indústria. Os fabricantes têm de inovar a velocidades nunca antes vistas, de forma a ganharem vantagem competitiva assim que os mercados retomarem.
Por isso, cada vez mais fabricantes estão a tirar proveito das automatizações, da cloud e da computação Edge, para maximizarem os dados, operações e produtividade, durantes estes tempos conturbados. Precisam de captar novas fontes de dados e aplicar análises locais, de forma a extraírem insights que possam ser utilizados para redesenharem a sua infraestrutura de TI, adotando plataformas de interconexão globalmente distribuídas, como a Platform Equinix. Ao conectar, de forma direta e segura, pessoas, locais, clouds, dados e coisas, a conexão privada permite uma troca de informações multipartes/multi-máquina simplificada, potenciando uma maior colaboração.
A Platform Equinix permite, aos fabricantes, um maior agilidade, flexibilidade e escalabilidade, de modo a satisfazerem necessidades em constante evolução. Com novos ecossistemas de produção a serem criados no Edge, e com os fabricantes e os seus parceiros na cadeia de fornecimento a ficarem fisicamente cada vez mais perto, podem agora trazer para o mercado produtos mais baratos e de forma mais rápida, para satisfazerem as necessidades dos seus clientes.
Pronto para o que der e vier
À medida que navegam a pandemia, as empresas deveriam assumir esta realidade como uma oportunidade para terem a certeza de que a sua infraestrutura e sistemas são flexíveis o suficiente para responderem a esta crise e à próxima. Uma coisas é certa: a mudança é inevitável e, muitas vezes, abrupta. Os que estão digital-ready estão melhor preparados para enfrentarem o futuro. Descarregue já o 3ª Volume do GXI para melhor perceber a razão pela qual a interconexão é o ponto-chave para a transformação digital do seu negócio.
[1] https://www.nielsen.com/sg/en/press-releases/2020/covid-19-new-norm-consumers-behaviour-press-release/
[2] https://www.globenewswire.com/news-release/2020/04/29/2024044/0/en/The-World-s-Smart-Manufacturing-Industry-Post-COVID-19-the-Industry-is-Expected-to-Be-Worth-181-3-Billion-by-2020-and-220-4-Billion-by-2025.html