Mesmo que algumas regiões ao redor do mundo estejam voltando ao normal de maneira cautelosa, a América Latina (LATAM) é atualmente o epicentro da COVID-19, com mais de 2,1 milhões de casos.[i] E embora LATAM abrigue quase um quarto dos hospitais mundiais, eles tendem a ser muito menores que os hospitais nos EUA, com capacidade limitada para expandir rapidamente.[ii] Além disso, os centros clínicos e médicos da região estão concentrados em áreas urbanas, deixando grande parte da grande população rural sem acesso confiável à saúde.
A telemedicina promete ajudar a preencher a lacuna, permitindo que os profissionais de saúde avaliem, diagnostiquem e tratem pacientes remotamente via chat, voz ou vídeo. Esses serviços essenciais podem ajudar a minimizar possíveis exposições à infecção e uma grande quantidade de pacientes em instalações médicas. A telemedicina também pode ajudar a ampliar o alcance dos serviços de saúde para aqueles com condições de saúde pré-existentes ou que não têm acesso local a provedores. No entanto, para prestar serviços de telessaúde com sucesso, os profissionais precisam de uma forma de se conectar e trocar dados entre diferentes sistemas de TI, enquanto garantem a segurança dos dados do paciente e do hospital. Uma infraestrutura de TI distribuída geograficamente baseada em uma plataforma de interconexão, como a Plataforma Equinix®, atinge esse objetivo e permite que os profissionais da saúde integrem com segurança os serviços digitais, colaborem com parceiros e utilizem os dados para um atendimento holístico e personalizado.
Manual da digital edge – saúde
Obtenha o playbook que descreve como os líderes do setor podem usar interconexão e colocation (pontos de controle) na digital edge, em conjunto com pacientes, reguladores e parceiros, para criar uma base para a saúde digital.
Saiba maisTelemedicina na América Latina
Antes da COVID-19, a adoção da telemedicina na região era desigual – um estudo conjunto da Global Health Intelligence e da Florida International University em nove países de LATAM descobriu que a adoção da telemedicina por hospitais variou de 25% na Colômbia a 68% no Chile.[iii] Vários fatores foram observados como formadores de taxas de adoção, incluindo o ambiente nacional, os marcos regulatórios e legais e muito mais.
No entanto, um estudo mais recente prevê que o mercado de telemedicina na região, avaliado em mais de US$ 1,5 bilhão em 2019, crescerá mais de 20,5% ao ano entre 2020 e 2026.[iv] A atividade recente no setor inclui exemplos como:[v]
- A startup peruana de telemedicina Smart Doctor está fazendo uma parceria com o governo peruano para oferecer triagem, consultoria e monitoramento remotos de pacientes da COVID-19.
- A Seguros SURA Colombia, uma das maiores seguradoras da América Latina, está fazendo uma parceria com a Pager, com sede em Nova York, para expandir seu modelo de saúde virtual para permitir que os pacientes interajam remotamente com sua equipe de atendimento.
- A Rede Latino-Americana de Telemedicina para Infarto (LATIN) passou a incluir mais de 120 clínicas participantes e 19 hospitais na Colômbia e no Brasil. Em partes remotas do México, 35 centros de medicina de família e comunidade e três hospitais também adotaram o modelo pela primeira vez para prestar cuidados urgentes às necessidades de doenças cardiovasculares.
- A Meditar, maior empresa de saúde gerenciada da LATAM, lançou uma solução direta de telemedicina para o consumidor em parceria com a GlobalMed para a Argentina e países vizinhos.
Benefícios e casos de uso da telemedicina
Embora a telemedicina seja geralmente percebida como uma interação remota entre médico e paciente, outros casos de uso importantes incluem diagnósticos remotos/monitoramento via dispositivos móveis e a transmissão eletrônica de informações de saúde de um paciente para um especialista para análise posterior. Possíveis aplicações e benefícios incluem:
Melhor segurança e acesso
- Triagem remota de pacientes com sintomas da COVID-19.
- Atendimento de urgência e encaminhamento virtual de baixo risco para condições diferentes da COVID-19.
- Cuidados primários e especializados de rotina para exames de saúde, condições crônicas e gestão de medicamentos. Exemplos incluem saúde mental e comportamental, fisioterapia, obstetrícia, oncologia, entre outros.
- Maior acesso ao diagnóstico, triagem e cuidados contínuos para pacientes em áreas remotas ou aqueles com sistemas imunológicos comprometidos/mobilidade limitada, entre outros.
- Monitoramento remoto de condições crônicas como diabetes, demência, pressão arterial, entre outros.
Melhor eficiência
- Otimização do tempo do médico e do paciente.
- Redução do custo – a consulta média de telemedicina custa US$ 79, em comparação a uma consulta médica presencial (US$ 149) ou visita hospitalar (US$ 1.734).[vi]
- Treinamento ponto a ponto para profissionais da saúde em locais remotos.
- Captura/armazenamento de imagens e vídeos de alta resolução e encaminhamento eletrônico para especialistas para posterior diagnóstico.
Como a interconexão ajuda a prestar o atendimento ideal
Todos esses exemplos requerem conectividade rápida e segura de baixa latência entre profissionais da saúde e pacientes para garantir que as pessoas recebam o atendimento que precisam e quando precisam, sem comprometer a segurança, a privacidade dos dados ou os resultados de saúde. Ao utilizar uma plataforma de interconexão como a Plataforma Equinix®, os profissionais da saúde podem reduzir a distância que os separa de pacientes, parceiros, sistemas, dados e clouds, para melhor suportar a interação em tempo real e a troca de dados rápida e compatível dentro de um grande ecossistema de parceiros. E isso levará a melhores experiências e atendimento do paciente, melhores resultados e inovação para o futuro.
Para saber mais, baixe o Manual da Digital Edge para a Saúde.
Você também pode se interessar na leitura sobre um profissional da saúde dos EUA que se preparou para atender ao aumento de duas semanas e 1.455% no uso da telemedicina com seus pacientes em abril de 2020.
[i] CBS News, Coronavirus deaths soar in Latin America and the Caribbean, with Brazil hit hardest, June 2020.
[ii] Global Health Intelligence, The Impact of Coronavirus on Latin America’s Healthcare System – Crisis Vs. Opportunity, April 2020.
[iii] PR Newswire, Global Health Intelligence, Telemedicine Adoption Grows Strongly in Latin America, April 2019.
[iv] Cole Market Research, Telemedicine Market analysis research and trends report for 2020 – 2026, June 2020.
[v] Contxto, Telemedicine startup, Smart Doctor, teams up with Peruvian government, Apr 2020; HIT Consultant, Pager Goes International, Expands Virtual Care Model to Latin America, Feb 2020; MEDTRONIC, Latin Telemedicine Expands Impacting More Patients; AZ Big Media, GlobalMed helps launch direct-to-consumer telemedicine program across Latin America, Sept 2019.
[vi] Global Health Intelligence, Telemedicine in Latin America: Gauging Its Potential During the COVID-19 Crisis and Beyond, Apr 2020.